Uso de MIPs: o que é e quando é hora de ir ao consultório médico

Há pessoas que sob qualquer sensação mínima de desconforto correm para o hospital. Outros, preferem a farmácia. Se o caso for aquela dor de cabeça ou resfriado, os remédios livres de prescrição médica são a melhor opção. E está mais comum o uso de MIPs (Medicamentos Isentos de Prescrição) devido a facilidade de serem encontrados nas redes de farmácias.

Entretanto, há certa confusão envolta dos MIPs. Algumas pessoas não sabem como adquiri-los e se é necessária uma consulta prévia ao médico. Nessa situação, é o farmacêutico o profissional indicado para fornecer as primeiras orientações.

Em síntese, os MIPs são destinados ao tratamento, alívio e prevenção de sintomas não graves. A seguir falaremos quais são esses sintomas. Outro ponto importante é que os MIPs atendem critérios como baixo risco e toxicidade, apresentação de reações adversas conhecidas e fáceis de tratar, assim como curto período de uso.

TRATAMENTOS COM MIPs

Comercializados sem prescrição médica, esses medicamentos abrangem o tratamento de sintomas leves. Em 2003, a Anvisa regulamentou os MIPs com a publicação do RDC nº 138. Nesse documento, foram estabelecidas as regras para enquadrar um medicamento nessa categoria e uma lista de medicamentos essenciais. Entre os sintomas mais comuns em que os MIPs atuam estão:

  • Dor de cabeça
  • Azia
  • Tosse
  • Aftas
  • Febre
  • Assaduras
  • Hemorroidas
  • Dor de garganta

Para a população, a existência dos MIPs condiz com a prática do autocuidado estabelecida pela Organização Mundial da Saúde. A possibilidade de cuidar da saúde promove autonomia para os pacientes. Além de que esse cuidado permite iniciar tratamentos de maneira rápida.

CUIDADOS COM O USO DE MIPs

Apesar do baixo risco que os MIPs apresentam, os pacientes devem ser orientados sobre seu uso pelos profissionais da saúde. Pois esses medicamentos não estão isentos de contraindicações, reações adversas ou casos de interações com outros remédios.

Sendo assim, essencial que a escolha do medicamento sem prescrição seja feita com o auxílio do farmacêutico. E ele deve orientar o paciente sobre a posologia, duração do tratamento, contraindicações e possíveis reações adversas. Assim como, informar sobre a importância de ler a bula.

QUANDO RECORRER AO MÉDICO

Caso os sintomas do pacientes persistam, o farmacêutico deve aconselhar o paciente a ir ao médico. E também orientar a suspensão do uso da medicação.

Outras situações também indicam ao paciente que a consulta médica é a melhor escolha. São elas: a persistência e agravamento dos sintomas, dores agudas, se o paciente está consciente da gravidade de seus sintomas, se o paciente tem problemas psicológicos (depressão, ansiedade, letargia e entre outros), se já tiver tentado mais de um medicamento e se surgirem efeitos indesejados.

Aliás, é no consultório médico que o paciente poderá se submeter a mais exames e ser orientado sobre o correto e efetivo tratamento. Inclusive, o médico saberá informar sobre porque o uso de MIPs não teve eficácia.

Assim como, explicar que esses medicamentos não se enquadram no conceito da autoprescrição, muitas vezes confundida com automedicação – o que é permitido. Já que o que deve ser evitado é a autoprescrição, uso de medicamentos tarjados sem a indicação e acompanhamento médico.

Uma vez dentro do consultório, é hora de iniciar o tratamento. E um dos maiores desafios é convencer o paciente  a cumpri o tratamento de maneira eficaz. Aqui nós apresentamos dicas de como fazer isso!

Referências: Guia da Farmácia e Cemed

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